Encontre-se

05/01/2014

Relutâncias da importância...-8.

                     ♥
Havia resolvido passar o dia com a Sarah na praia, mas sem a parte do banho de mar, íamos sentar em algum quiosque e ficar conversando, estava bem calor para ficar em casa. Sai de casa ás 16, Igor me deu carona, eu resolvi andar por lá e ver o que eu encontrava de bom.

E ao contrário do que pensa, Amanda não respondeu a mensagem, e eu ainda não decidi se devo chamá-los ou não, ela e Matheus ficam publicando indiretas para mim, como se eu não soubesse ler ou não fosse amiga deles no facebook.

Sarah chegou logo depois e ao contrário do que eu imaginava, ela trouxe o Enzo, meu ex-namorado, eu acho que nunca contei que tive um depois do Matheus, mas ele acabou se tornando uma das melhores pessoas que eu já conheci em toda a minha vida, só espero que ele e Sarah não estejam ficando.

- Tenho uma coisa pra perguntar pra vocês dois, é uma dúvida e acho que vocês vão me ajudar muito. - soltei meu suco na mesa, e suspirei.
- Pode falar! - Enzo disse saboreando sua água de coco.

- Aquela minha amiga Amanda, e meu ex-ex-namorado Matheus, estão ou estavam ficando, e eu os peguei no flagra, e agora eles ficam mandando mensagens de desculpas e e afins, eu mandei uma de volta e eles não responderam mais, e agora estou em dúvida se os convido ou não para a minha festa de aniversário, já que eu os considerava muito.

Os dois se olharam pensativos, olharam o mar, voltaram o olhar para mim, até que Sarah falou.

- Eu acho que você devia convidar os dois. - ela disse séria, como é poucas vezes em sua vida.
- O que te levou a achar isso?

- É claro que vai acontecer a questão dos dois pensarem se vem ou não, você mandando o convite vai mostrar que superou, coisa que não fez, mas vai fazê-los pensar que você deu a volta por cima. 
- Por isso, você é a menina das ideias. - sorri para ela. - E você Enzo, o que acha?

- Acho que deve convidar a menina e ele não. - ele olhou para mim com um olhar de pervertido que eu percebi que não era destinado a mim.
- Safado! Mas agora eu vou em casa, quero que eles cheguem o mais rápido possível. E quero que eles fiquem na minha casa, para terem de conviver comigo durante duas semanas.

- Você tá louca pra brigar! - Sarah disse sorrindo.
- Talvez. Beijos. - peguei minha bolsa e saí dali, olhando várias vezes para trás para ver se eles não estavam se pegando.

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- Pai, pode comprar as passagens do Matheus e da Amanda, decidi que os quero aqui. Ah, e quero eles aqui em casa. - disse isso enquanto entrava no escritório, aonde ele se encontrava trabalhando, como sempre.

- Eu peço para a Emily fazer isso. - Emily era a secretária dele. E sim, filha, eles podem ficar em nossa casa. - ele me olhou com um olhar sarcástico. - Mais alguma coisa?

- Você viu a mamãe? Ou a Carol? - eu perguntei já quase saindo da sala.
- Sua mãe saiu com a Lizzie, foram ver coisas para os bebês. Carol está lá em cima, falando com alguém no celular. 

- Obrigada. - sai correndo, e fui até lá em cima, iria mostrar a melhor parte da cidade para Carol: o shopping.

- Maninha, vamos se arrumar, vamos ao shopping! Com o cartão do papai. - ela desligava o telefone. 
- O papai mandou você me levar? E deu o cartão dele? Que hilário! 
- Não, na verdade eu dei a ideia a mim mesma, e pedi o cartão dele. E porque é hilário?

- Achei que ele quisesse resolver 13 anos, com um cartão, e um shopping.
- Não se sinta assim, Carol. Você sabe, você ficou com a mamãe porque era pequena, não tinha como vir  com a gente, eu te chamei daquela vez em que eu estive lá, você não quis.

- Eu não vou fazer que nem você. Me mudar e largar tudo que eu tenho lá, namorado, amigas.
- Eu consegui tudo que eu tinha lá, aqui. E eles são até melhores que os de lá.

- Você conseguiu. Eu sou sua irmã, cópia defeituosa. Sou tímida, consegui um namorado descolado através da minha amiga, sem ela não seria nada, e vou simplesmente abandoná-la? 

- Carol, se são esses seus amigos e seu namorado que te prendem ao Brasil, sem problemas, você poderia comprar passagens para eles virem passar algum final de semana, as férias, você não pode se prender em um lugar aonde você está mal, por causa dos outros.

- Eu não estou mal na casa da mamãe.
- E tudo aquilo que você me disse, sobre, não ter atenção, não ser amada, e blá, blá, blá.
- Mamãe é assim e já me acostumei. E eu tenho o baby lá. - baby é meu irmão mais novo por parte de mãe, Guilherme. - Não posso pensar que aqui no papai seria diferente.

- Você teria a mim.
- E você acha que a mamãe deixaria eu vir pra cá?
- Você quer vir?
- Seria bom mudar os ares, conhecer gente nova, ficar mais tempo com você, com o Igor que parece ser bem legal, com a Savannah, e com a Lizzie que está grávida, e descobrir se o papai me ama mesmo.

- Então está feito! Eu vou pedir pra mamãe deixar você vir morar aqui hoje de noite no jantar.
- Eu te amo, Ani. - ela veio me abraçar.
- Te amo também, Caroline. 




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